segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O TRABALHO DA ARTE II





Refletindo sobre a necessidade de fazer arte e a necessidade de consumir arte entro em caminhos e reentrâncias que me levam, sempre, a seguinte conclusão:

A arte quer nos levar a conhecer o que não pode ser conhecido pela via de percepção lógica racional.

Mesmo que utilizemos os cinco sentidos que nos comunicam ao mundo, lendo-o de acordo com o sistema de crenças que constituem o ‘programa’ instalado em nossas mentes e que nos conduzem pela viagem experimental que é a vida, ainda sim, a arte quer nos levar a transcender esse sistema implantado e assim encontrar algo realmente interessante, excitante e revelador.

Claro que os sentidos, tato, olfato, paladar, audição e visão são os veículos pelos quais a arte se manifesta, exteriormente, tanto para quem cria, quanto para quem usufrui. No entanto há algo, um impulso pelo qual ela é alimentada e absorvida. Algo digamos, extra-sensorial que toca além dos sentimentos, dos sentidos. Que fica localizado no vácuo e que busca um lugar onde expor, expulsar esse mar de criatividade que está a pulsar. Cria, criar gerar. Atividade dar vasão, ir para a ação, agir em prol, realizar. 

Esse lugar onde moram as aspirações e uma antiga saudade. Onde artistas transitam em seus universos particulares, como é particular o universo de cada qual que habita esse mundo vasto. É o lugar onde vive o questionamento maior, que poucos ou raros estão preparados para olhar.

Muitos artistas estão mesmo buscando exprimir suas viagens interiores e questionamentos particulares em relação à forma como a vida é organizada. Muitos ainda estão a questionar muito perto do “eu” das suas necessidades pessoais de busca por explicação e por aceitação num mundo onde o sensível e o sutil são ignorados. Esquecidos. E apenas relembrados no momento em que os olhos tocam o belo, o dramático.

Ao vivenciar um momento de arte, pode-se transcender, conectar com o que não se pode descrever e experimentar o lugar que fica além, muito além do porquê e do para que. Nesse momento é que, se estiveres muito atento, poderás entrar em um portal que te levará a experimentar e quem sabe até conhecer o que está além do que os olhos físicos podem ver.


É... a arte é uma longa ponte, sob um alto penhasco, e ela balança, muito. E se olhar para baixo verás as pedrinhas a caírem mas não ouvirás o som de seu corpo a espedaçar para além das nuvens que estão a nublar o seu olhar. E se tiveres coragem de atravessar para alcançar o outro lado que sequer pode-se vislumbrar, de onde está, poderá você encontrar a resposta do que verdadeiramente está a buscar. Se é que já sabe que está a procurar.

EVOÉ!
Sandra Santiago

Legenda da foto: Ensaio fotográfico processo criativo SOBRE SONHOS E PASSAGENS... Fotógrafa: Layza Vasconcelos

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Diário de Montagem 04 * Um Livro que Mudou a Minha Vida!



Em 2015 entrei em contato com a Física Quântica através do queridíssimo Profº Hélio Couto. Tão amado e tão querido! Ele me apresentou de forma simples e objetiva as implicações básicas sobre a verdade que a Física Quântica veio demonstrar e assim me possibilitou fazer a mudança de paradigma para viver a realidade, harmonizando assim a minha vida e minha caminhada através do tempo e espaço a fim de ascender na escala evolutiva. 

Pois bem, o amado mestre OSHO, direcionou-me a essa escola da verdade e desde então vivêncio experiências simplesmente indescritíveis! Alcançando patamares de clareza, e de autoconsciência que não podem ser descritas com fidelidade aos fatos, pois as palavras jamais descrevem o que é indizível. 

O livro que chegou até mim, pelo Colapso da Função de Onda foi MENTES IN-FORMADAS - ONDAS DE IN-FORMAÇÃO, TRANSFERÊNCIAS DE CONSCIÊNCIAS ARQUETÍPICAS E OUTRAS INFINITAS POSSIBILIDADES. E este maravilhoso livro está a disposição para ser baixado em pdf pelo site do Profº, basta acessar www.heliocouto.com e entrar num mundo completamente novo e incrivelmente fantástico, onde a verdade te é ensinada fazendo com que você transcenda muitos limites e possibilitando que se torne um co-criador da vida de seus sonhos!

Muita alegria em poder compartilhar tão elevado conhecimento! Torço para que possa dar o próximo passo!

Para conhecer a história de como esse livro chegou às minhas mãos, acesse o canal Sandra Santiago no YouTube.

EVOÉ!
Sandra Santiago.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SEMANA DA MULHER - PROGRAME-SE


Em comemoração ao DIA da MULHER a ZABETA estará no Espaço Cultural da Novo Ato apresentando o seu solo chamado O LIVRO DE HISTÓRIAS DA VOVÓ, um singelo espetáculo que trata da sabedoria dos ancestrais e suas memórias.

Então agende aí:
Semana da Mulher - Espaço Cultural Novo ATO
Dia: 12 de Março
Às 10 horas da manhã na Praça do Criméia Leste
Ingresso: Contribuiçaõ Livre e Democrática no Chapéu da Artísta.

VENHA VAI SER UMA GRANDE ALEGRIA TÊ-LA (O) CONOSCO!

Acesse a fã page no facebook da ZABETA Criações e acompanhe a produção de conteúdos feitos especialmente para VOCÊ. Assine o canal do YOUTUBE e receba sempre em primeira mão!

EVOÉ
Sandra Santiago.

Diário de Montagem 03 Amando as Resistências

Desde que comecei, oficialmente o processo de montagem do último espetáculo da Trilogia que tenho que fazer a prática de amar as minhas resistências, intensamente. Diariamente. Sair da zona de conforto não é algo fácil de se fazer, até por issa chama-se zona de conforto. Lugar que está sob o seu domínio, onde você pode transitar sem que seja necessário qualquer tipo de esforço, seja emocional, físico ou intelectual. 

Eu realmente tenho me busco sempre dar o próximo passo pra estar no meu próximo nível. A montagem da Trilogia é um grande exemplo dessa minha postura na vida, que adquirí depois de passar por uma grave doença que me tirou por completo minha sanidade e equilíbrio mental. Por resistir imperiosamente à mudança que estava fortemente a se processar em meu ser, criei uma série de distúrbios de ordem emocional e mental que me levaram à loucura! Assim após retornar desse transe que teve seu ápice decorrido por mais ou menos um ano. Um ano em que não vivia na terra, mas sim no umbral, onde vivia os sentimentos mais pesados, de vibração densa, como falta de amor próprio, rancor, ciúme, inveja e companhia limitada. E claro acompanhada de muitos irmãos obcessores desencarnados e alguns encarnados. Após retornar desse pesadelo com a ajuda de minha família e de uma equipe de profissionais de saúde holística, ah... e claro de minha imensa vontade de retomar minha saúde. Pude perceber que toda aquela situação havia sido causada por mim, por ter insistido em não crescer, em manter um comportamento birrento de criança mimada. Que quer porque quer se não chora! 

Assim foi um dos meus mais importantes aprendizados, e depois desse momento, depois de muita dedicação e estudo, nunca mais deixei de estar atenta ao fato de que aceitar as mudanças, aceitar que não estamos no comando, que isso é ilusão do ego e que soltar é o mais importante. Eu nunca mais tive uma recaída, nunca mais sofri. Desde então vivo alegre e contente, cantando alegremente. Aprendendo e deixando ir o que não pode e não deve mais ficar. kkkkkk

Bom, a prática de Amar as resistências aprendi com uma amiga grande estudiosa de si mesma. Alguém muito especial e muito dedicada à aprender a amar a si mesma, verdadeiramente. Ela me ensinou essa técnica a mais ou menos 4 meses, tenho a feito sempre. Quase que diariamente, para poder avançar nas minhas travessias internas e obter êxito, sucesso, melhores resultados em meus intentos. 

Vou terminar esse diário com essa afirmação, que para mim é a mais importante de todas as afirmações. Nada pode ser mais importante que ela.

A ÚNICA REVOLUÇÃO QUE VALE A PENA SER EMPREENDIDA É A REVOLUÇÃO PESSOAL! O AUTOCONHECIMENTO!

                                           Técnica para aprender a amar suas resistências!


EVOÉ!



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Diário de Montagem 02 - Números de Grigori Grabovoi




Observando o mundo, o homem nesse mundo e como ele se desenvolve nele, podemos ver, que tudo que se transforma está sendo influenciado pelo ser humano. Isso significa que o mundo (realidade externa) está sendo desenvolvido pelo ser humano, através da sua realidade interna consciente e inconsciente.” Grigori Grabovoi
Segundo dia de trabalho. A dinâmica planejada foi realizada hoje de outra forma. Estou encontrando a disciplina natural em meu ser, para assim fluir naturalmente e alegremente. Sem criar obstáculos desnecessários ao processo. Que já é tão ousado e perturbador por me retirar totalmente fora da zona de conforto.
Assim é a vida de uma buscadora que deseja profundamente encontrar o caminho para a auto-realização.
Hoje retornei a leitura da apostila do Grigori Grabovoi, esse grande cientista, clarividente que está transformando e contribuindo para a mudança do padrão vibratório do mundo e curando muitas pessoas de suas mazelas físicas, emocionais e espirituais! Os seus números, os da Mãe Shekinah, assim como os do arcanjo Gabirel estão sendo usados por mim e pela Aisha há mais ou menos 4 meses. São realmente muito poderosos, e há dois dias tenho feitou uma ativação com afirmações para harmonização familiar. Sempre que repito os números, que mentalizo e os tomo sinto sua vibração afetar meu ser. Imediatamente. É poder! É transformação! É vivência no novo paradigma, o da física quântica que declara que tudo que existe é onda, é vibração. 
Muita alegria por estar nessa caminhada, e principalmente por já está criando o terceiro espetáculo desta incrível Trilogia. Para a expansão da consciência!
 “A realização prática dos meus princípios ensina aos alunos determinar suas ações através da consciência para a salvação de todos, e para evitar uma catástrofe global, solucionando também seus problemas pessoais. Assim, a luz da consciência projeta-se para qualquer acontecimento e seu controle criativo. Quanto mais usar os métodos e tecnologias de Grigori Grabovoi para a solução de problemas, melhor será a salvação de todos, pois vale a lei: “Cada um que agir na intenção de todos, recebe do criador sua parte.” (Grigori Grabovoi  “O curso básico da estruturação da consciência”)


INTRODUÇÃO À CURA PELOS NÚMEROS SEGUNDO GRABOVOI






COMO USAR OS NÚMEROS DE CURA DO GRABOVOI


Canal no YouTube Sukhita

EVOÉ!
Sandra Santiago.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Inauguração das Atividades de 2017!!!!!!!!!!!!!!!!!!! VIVAAAAAAAAAAAAAAAAA


Dando inicio aos começos!!!!!!!!!!!!!!


EVOÉ!

Diário de Montagem 01 - Vitamina da Lua Prática Diária





É hoje foi o primeiro dia de atividades! Affff! Como foi difícil levantar, puxar o tapete da yoga e começar. Eu estou tão enferrujada que custou lembrar vários movimentos! Muita dor nas costas. Acabo de sair de uma super crise de coluna. Muito forte! De travar geral! Fiquei andando parecendo uma velhinha debilitada! Nossa!

É necessário ter coragem. Ter firmeza no propósito. Fiz apenas 40 minutos de prática, mas foi bom, foi o começo. É que sou tão exigente comigo! Quero ser fazer o máximo, assim como idealizo! Mas como diria um de meus mentores, esse é o mentor empresarial kkkkkk O que importa é a direção e não a velocidade!

Então vamos que vamos, que o sucesso exige mais!

Mais disposição, mais disciplina, mas dedicação!

Ah... e mais equilíbrio também.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Diário de Montagem 0 PREPARAÇÃO


Escrevendo no diário, ouvindo uma PNL do profº Hélio Couto ao mesmo tempo, em outra janela ondas theta! 


Inicio amanhã as atividades de preparação para a criação do terceiro espetáculo da Trilogia. Ainda não tenho ideia do nome, só do assunto ou assuntos que vou tratar. Física Quântica e Viagem Astral. Dois temas extremamente profundos e que têm me inquietado muito. Muito mesmo. De qualquer forma, tenho 4 meses pra desenvolver o roteiro e decidir o norte do espetáculo. 

Para o início das atividades proponho me preparar fisicamente. Já tem tanto tempo que não treino fisicamente! Nada nada nem uma caminhadinha! Mas amanhã retomo com a seguinte rotina: Ioga e meditação pela Manhã das 6 às 7:30. Depois de levar minha pequena à creche, volto e me dedico à leitura e desenvolvimento do argumento do espetáculo. Gravo o vídeo diário do primeiro dia de atividade e sigo para o almoço. 

Importante salientar que amanhã começo o processo de limpeza do aparelho, preparando-o para receptar as informações do espetáculo. Pra isso tenho que estar com minha antena ligada, sem problemas, sem interferência de nenhuma natureza. O mais límpida possível. Três litros de água por dia com os códigos números, linhaça com limão todos os dias de manhã em jejum, depois da ioga, e apenas frutas no café da manhã, lanches e janta. Affffffff Adeus farinha branca!!!!!!!!!!!!

Vamo que vamo que o sucesso exige mais!

Ah.... uma última coisa. Todos os dias faço práticas de PNL com respiração, decretos e tenho feito uso dos arquétipos. E hoje foi a primeira vez que usei conscientemente o arquétipo do Tigre e senti o seu poder! Foco, ataque e muitaaaaaaaaaaaaaaaaa sensação de poder e bem estar! Excelente! Vou usá-lo junto à Águia. Olha ela aqui na minha mesa!kkkkkkk


MANIFESTO ARTE PARA A EXPANÇÃO DA CONSCIENCIA




A arte é desajustada. 

Existe como bussola para indicar uma nem sempre nova estrada. 

E insiste em manifestar sua transcendência em cores, formas, verbos, em combinações de palavras. 

É veículo e é caminhada.

Encerra-se em si mesma distanciando a dualidade na experiência da vida ali a observá-la. 

A arte só quer pôr para fora o que há muito foi deixada.

De lado. 

Pela identificação profunda e sonolenta com os códigos do Estado. 

De alma encerrada no corpo.

Recipiente a enclausura-la. 

Gente, a arte só quer alertar sobre a chegada. 

Dos outros mundos, do universo pulsante na mente a expressá-la.

E ela jorra, jorra mesmo como um vulcão a derramar a lava.

Quente, vibrante remodelando as formas do mundo tão adoradas.

A arte vai corrompendo, desorganizando, reestruturando no nada.

Sua existência perfeita de perfeição absoluta, numérica, mas nunca exata.

E leva consigo a todos que desapegam dos códigos, conceitos.

Da mente armada.

De valores, inputs impressos no mental pouco complexo da consciência imatura, amedrontada.

E exibe a beleza, a estranheza, a dor das experiências aqui expressas, manifestadas.

Embriaga-se a todos que transitam nela a visitar as realidades do mundo.

Contidas na vida, aparentemente, separada.

A arte quer ser o ponto de chegada.

Para se deixar de um tudo.

E seguir pela existência navegando pela experiência.


Sendo apenas o tão absoluto nada. 

EVOÉ!
Sandra Santiago.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

OS 7 ESTADOS DE CONSCIÊNCIA DO HOMEM


Procurando por informação sobre os níveis de compreensão da realidade encontrei essa pérola na rede. Assim que a li, operou-se em mim um profundo entendimento sobre o assunto. Tão belo e verdadeiro é esse texto. Ensinando-nos através de histórias. Assim como fazia Jesus Cristo. 




Há alguns anos, um buscador aproximou-se de um Mestre da Arte Real, um verdadeiro místico, e perguntou-lhe:

- Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem se entender, por mais que apregoem estar buscando a paz e o entendimento, por mais que apregoem o amor e por mais que afirmem abominar o ódio?

- Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da humanidade do planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.

- Mas, Mestre, que níveis são esses?

- Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação. Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.

Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do buscador e, imediatamente, ambos estavam em outro local, em outra dimensão do espaço e tempo. O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, disse-lhe o Mestre:

- Dê-lhe um tapa no rosto.

- Mas por quê? Ele não me fez nada…

- Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!

E o homem aproximou-se mais do Mestre e do consulente. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou. Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o buscador foi ao chão, por causa do inesperado ataque. Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o buscador já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:

- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2. Quando o homem se aproximou, o buscador pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o buscador, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte. Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.

- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2: pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se ele julgar-se mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Repita o mesmo com esse aí que vem chegando, o nível 3. 

A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o buscador e assim falou:

- O que é isso, moço? Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra! Estou falando sério!

- Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.

- E querem ver como reajo?

- Sim. Exatamente isso… e como você vai reagir? Vai revidar? Ou vai nos ensinar outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?

- Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço… São uns perfeitos idiotas... E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento. Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatões!

Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:

- Agora, você já sabe como age o homem do nível 3: gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo pra lá, pois não tem tempo para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os outros. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “Dono da Verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário, mais uma outra “muleta”, e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.

E a cena repetiu-se. O caminhante olhou para o buscador e perguntou:

- Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?

- Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.

- Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?

- É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?

- Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada jamais poderá ser conseguido, em termos de evolução.

O Mestre assim comentou:

- O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto, um erudito, embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário, e já compreende bem a natureza humana para ter percepções sensatas e lógicas. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois. Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5. 

O tapa estalou.

- Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?

- Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?

- Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?

- Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal…

- Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento.

Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre assim se expressou:

- Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de jovem que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom jovem, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem.

E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entendera como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.

- Meu filho querido! Por que você queria ferir a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?

Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que o último em que estiveram. Então o Mestre falou:

- Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o ser humano em sua senda evolutiva, ainda na matéria, no planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o amor, já é um Homem sublime, inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o começo da verdade, mas ainda não a conhece em toda sua plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando. Vamos ver como reage o homem do nível 7.

E o buscador pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.

- Bata nele! – ordenou o Mestre.

- Não posso, Mestre, não posso…

- Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!

- Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!

- Bate-me – disse o Homem com muita firmeza e suavidade – pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente porque ainda existem guerras na Humanidade.

- Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…

- Então – tornou o Homem – já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.

- Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que as abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?

- Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a ignorância!

Volveu o Homem com suavidade e convicção.

- Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?

- Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante, as suas “muletas”, e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder.

Diz o Mestre:

- A Humanidade ainda é uma criança, mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo, e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico. Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar este conhecimento, esta grande Verdade: “somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa”.

- Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?

- Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já fostes energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

- Mas mesmo assim, então não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.

- E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste planeta Terra. O autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da tradição oral, durante muitas e muitas gerações. Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concordas, filho meu? Tu e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tens com isso. Entendestes, filho meu?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A ALEGRIA É REVOLUCIONÁRIA!



Gostaria de começar esse texto fazendo uma reflexão. Caminhando pela vida, essa vida de profunda identificação com a Matrix. E para quem ainda não se deu conta do que é a Matrix vale ver o filme de mesmo nome, das diretoras Lana Wachowski e . Excelente filme perturbador. Lembro-me que vi esse filme sozinha em casa de meus pais, aos 18 anos em uma tarde qualquer destes tempos idos. Fiquei profundamente perturbada pensando ao final que aquilo tudo não parecia mesmo uma ficção. Na verdade, se assemelhava em algum grau, que não sabia o quanto, com o que eu pressentia ser a organização da vida em sociedade. Pois bem, mas isso é assunto para outro texto. Voltemos ao início.

Ao viver profundamente identificado com valores, com práticas e com a cultura vigente, essa cultura de massa, passamos, desde muito cedo, a consumir os bens culturais distribuídos pelas mídias de rádio, TV, cinema, música e entretenimento em geral, que tem como principal função fortalecer o status quo que rege o andamento de nossa sociedade. E indo um pouco mais além, pode-se perceber que o trabalho de tolher e cercear a mente de toda uma sociedade passa também e principalmente pelos mecanismos de educação, família e religião. Isso é inegável e basta apenas um pouco de observação para que possa se chegar a essa conclusão.

Pois bem. Diante deste quadro, podemos olhar com um pouco mais de foco e constatar a maneira como o ‘sistema’ mantém milhares de pessoas amarradas a uma série de mecanismos que geram práticas e que as colocam em uma situação de presas, enclausuradas em um labirinto de desanimo e medo. Fazendo com que acreditem sinceramente que não há como escapar, que tudo é obscuro e terrivelmente trágico. Esse mecanismo extremamente eficiente se propaga por meio dos telejornais que sempre e repito sempre exibem notícias de péssimas a trágicas, aos programas de entretenimento que oferecem uma programação esdrúxula com piadas de extremo mau gosto usando mulheres semi-nuas para atrair a atenção de uma sociedade totalmente desequilibrada no que diz respeito às questões sexuais. Disseminando músicas cujos conteúdos quase sempre falam de traição, amor infantilizado, meninas novinhas que despertam o desejo sexual, cowboys e cowgrils que estão laçando suas presas de uma noite. E as crianças também não estão a salvo de todo esse lixo mercadológico que mais do que a intenção de vender produtos fáceis para um público imbecilizado trabalha duro junto a um sistema para manter a todos na base da pirâmide felizes por poder tomar sua cerveja no final de semana até chegar a torturante segunda-feira.

É, realmente ao se deparar com essa triste realidade podemos cair no desanimo e pensar que estamos cercados e sufocados com essa avalanche que insiste em nos engolir e nos manter escravos deste sistema que aparentemente não tem face e nem responsável. No entanto, como sou uma grande entusiasta da evolução, da transformação e da libertação mental digo que há uma forma muito eficaz de liberar espaço em sua mente e oxigená-la a fim de assim encontrar uma real maneira de alcançar novos patamares de vida com qualidade e grande potencial de crescimento.

Como tudo que é importante é simples, mas nem sempre fácil de se praticar, eu peço para que abandone suas convicções no que diz respeito a forma de ver o mundo e embarque comigo nesta reflexão.

A REVOLUÇÃO PESSOAL É A ÚNICA QUE VALE A PENA DE SER EMPREENDIDA!

E porquê?

Porque tão somente permite a mudança na maneira de ver-se e portanto de ver o mundo. Em consequência as práticas do dia-a-dia vão se transformando e assim uma natureza completamente nova e extraordinária surge em seu ser fazendo com que tenha mais consciência de suas escolhas e das consequências delas. É assim; quanto mais jogo luz em meus movimentos internos que se expressam através de sentimentos e pensamentos, mais posso verificar a mudança em meu comportamento externo. Sendo expresso em meus hábitos de consumo, de convivência e de harmonização com o mundo.

Agora todo o seu universo interno é influenciado pelo que você consome do mundo externo. Então nesse momento percebe-se que, o jogo dos poderosos que alimentam os valores que sustentam o status quo, basicamente se limita em implantar o medo e consequentemente a dor, o sentimento de separação, a luta etc. É muito bem arquitetado e extremamente funcional. Colocam a todos em posições de presas utilizando em sua forma de comunicação arquétipos fracos e que produzem baixíssima dopamina, serotonina e demais hormônios que causam o bem estar e a alegria. Assim todos são facilmente dominados, conduzidos e escravizados.

Gente com medo, triste e com sentimento de desanimo não consegue fazer diferente. Não consegue mudar nada em sua vida e muito menos no mundo. Não consegue ter insights, não consegue prosperar e traz sempre no coração o sentimento de que precisa lutar. Lutar contra o sistema, contra o governo, contra o vizinho, contra o mundo etc. Menos que tenha que ‘lutar’ para se conectar consigo. E digo que em última estancia é isso que os que sustentam essa forma de viver no mundo querem. Nos manter cada vez mais longe de nós mesmos.

Ao conectar-se consigo você se torna muito perigoso. Um grande revolucionário. Alguém que entendeu que tudo muda ao mudar-se a si próprio. Não há prisão, não há dor, não há para que lutar. Não há o que mudar externamente. Só conhecer-se a si próprio.

Assim uma grande alegria. Uma real alegria surge. Pouco a pouco uma sensação de bem estar, de contentamento original que não depende de um fato, um acontecimento. Que não depende de nada. Absolutamente nada. Vai se instalando e ganhando espaço. Transmutando sua forma de ser e viver. E o encorajando para que aprofunde seu auto-conhecimento, gerando assim um ciclo virtuoso de transformação e bem estar.

Essa alegria, que segundo OSHO é a felicidade que vem de dentro. Promove grandes revoluções. Constrói novas formas de produzir, de relacionar e transpor obstáculos externos. Cria condições de enfrentar crises e provoca a união. Não cerceia mas expande infinitamente as ações e afeta o meio dando oportunidade para que o novo se instale. O novo que antes parecia utópico. Surreal.

E por acreditar profundamente no poder de revolução da alegria como mola propulsora para o movimento ascendente do mundo é que o trabalho da arte como meio para transcender se instala. Provocar o riso inteligente, trazendo a pureza e a inocência do palhaço ao tratar sobre questões do humano, levando o interlocutor a encontrar o caminho para o seu coração e assim ter a vivencia da alegria por algum momento e fazer nascer a lembrança de que nem tudo é como se apresenta no mundo hostil. É oferecer uma pista, é criar um movimento.

Assim nesse ano de 2017 a ZABETA Criações produz em parceria com o Coletivo é só querê fazê e apoio da sociedade por meio do Edital 2015 do FUNDO DE ARTE E CULTURA DE GOIÁS o projeto CIRCO TAPA BECO – Caravana do Ouro.

Vamos circular por cinco cidades do interior do estado de Goiás levando a alegria do circo e a revolução da mente para todos os corações que assim se identificarem com essa forma de estar no mundo.




Viva a Arte! Viva a Alegria!
Viva a Revolução!
EVOÉ!
Sandra Santiago.


Do Livro: Efêmera Poemas Reunidos



Estava vasculhando um velho guarda-roupa e encontrei três pares de sapatos. Em estado de uso. Por um instante me perguntei por que motivo havia me esquecido destes sapatos guardados. Por um breve instante mal podia entender haver-me esquecido. Logo eles que em algumas ocasiões cairiam como uma luva. Descuidada lembrei-me que eles me apertavam.

No mesmo dia, vesti-me e coloquei o par lilás. No início, tudo bem. No instante seguinte já não podia deixar de perceber a sua presença.  E em um breve momento já começava a articular sobre a melhor ocasião de arrancá-los fora. 

Atirei-os.


Sapatos apertados, nunca mais.

Sandra Santiago.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

POESIA PARA VER

Navalha na Carne
Poesia de Adalberto Rabelo Filho 



Fernando Pessoa sob o pseudônimo de Alberto Caeiro
Poesia sem nome


Fernando Pessoa sob o pseudônimo de Alberto Caeiro
Poesia sem nome






EVOÉ!
Sandra Santiago.

Série REFLEXÕES "O TRABALHO DA ARTE I"



Espetáculo: Sobre Sonhos e Passagens... 2ª peça da Trilogia DESPERTAR



Tenho vivido e vivenciado a vida por meio do meu trabalho como artista desde que entrei nesse mundo. Mesmo não sendo de uma família de artistas, em meu núcleo familiar como um todo sou a única que enveredou por esse caminho de exploração da existência. Resolvi, desde muito pequena, que seria artista. Gostava de cantar, de dançar e inventar dramas com lençóis na cabeça e vassoura nas mãos como cedros de rainhas em filmes épicos.

Sempre quis ser artista.

Eu não poderia existir de outra forma.

Creio que meus pais não imaginavam que ao chegar a idade de escolher uma profissão eu iria realmente ingressar em uma faculdade de artes e estudar esse ofício, para eles novo e um tanto inseguro. Apesar de tudo me apoiaram e eu me joguei no mundo da arte de coração aberto.

Uma convicção era inabalável em meu ser. Viveria bem, muito bem de meu fazer artístico. Mesmo com o mundo todo declarando aos quatro cantos que arte não dá sustento e que a maioria tivesse outros ofícios para poder em horário de lazer explorar seu hobbie, eu não me abalava, sempre via o copo cheio. Sempre via quem conseguia, fosse pela mídia de massa, fosse pela exploração do meanstream nos palcos de teatro do mundo. Para mim nunca importava se a produção era de Cinderela ou se havia em seu elenco celebridades das novelas.

Eu sabia que viveria de minha arte, ou seja, de minha forma de ver o mundo.

Claro que no início, não tinha a clareza que hoje carrego na mente e no coração quanto à minha função. E trabalho duramente para que, ao olhar para traz, no futuro, possa ver o quanto ainda nesse momento sabia pouco sobre o que era a minha missão de vida.

Fiz muitas peças, clássicas, infantis em grupo e companhia, agora me dedico de alma a investigação de uma linguagem própria, autêntica e honesta. E de fato é necessário enorme coragem e dedicação ao entrar por esse caminho pois começa-se a perceber que a arte tem um trabalho próprio a fazer e que somos veículos a serem usados para expressar o profundo e real intuito da arte existir entre nós.

O artista, desde que se descobre como tal, entra em um conflito redundante. ELE CONTRA O MUNDO. Alguns não suportam e se entregam ao status quo e tornam-se mais uma peça da engrenagem utilizando seu talento e habilidade na função de criar para si um universo onde ele reverbera e reproduz grande parte dos valores dos quais em seu mais profundo ser discorda. Outros querem ser personalidades, celebridades. Tudo certo. Cada qual vivencia a experiência da vida como melhor lhe cabe.

Entretanto existe aquela parcela de fazedores de arte que mergulham fundo em seu fazer, investigando a cada passo, a cada abrir dos olhos, formas de transformar em poesia sua percepção da vida.

E PORQUE FAZEM ISSO?

PORQUE NÃO PODEM FAZER OUTRA COISA.

Para alguns artistas chega-se a hora em que é necessário dar passagem para que a ARTE possa se manifestar e leva-lo a transcender a mente. E assim todo o seu trabalho é concebido de forma intuitiva e ele coloca-se no lugar secundário observando, apenas olhando, o que seu fazer cria, transforma e compartilha com a sociedade. Fazendo com que ele e os demais possam vivenciar experiências de profundo inebriar estético.

Para mim, o trabalho da arte é conduzir a todos, fazedores e apreciadores, a encontrar esse lugar da experiência que enriquece suas vidas em complexidade, fazendo com que seus valores e ideologias sejam questionadas consciente e inconscientemente. E assim transformar o mundo interno do homem, para transformar o mundo externo da sociedade.

E então, onde fica o lugar dos custos da vida? Já que de acordo com os valores que regem ainda uma boa parte da sociedade é a de que a arte é supérflua e pode-se viver sem. Considerando que boa parte consome indiscriminadamente os conteúdos televisivos que emburrecem e calcificam a mente e a fazem acreditar em cada pedacinho do que é exposto lá. Sem questionar.

Como vamos viver, nós artistas que têm esse árduo trabalho, de serem a ponta da lança da flecha que nos conduzem ao futuro, se muitos de nós ainda estão profundamente ligados ao conforto do mundo que lhe foi apresentado e que dita o que deve ou não ser consumido? Sabendo que o nosso lugar é o da inovação, da exploração e do enfrentamento e que poucos, muito poucos se identificam com esse espírito explorador e que temem qualquer valor que os tirem de sua zona de conforto e que assim não vão ao teatro assistir a uma peça com título estranho e sinopse misteriosa, ou ouvir uma música de artista desconhecido ou ler um livro de alguém nunca mencionado no jornal do meio dia?

Esse é mais um dos trabalhos desempenhados pela ARTE a de ensinar a seus adeptos, ou poderia dizer discípulos a aprender a desenvolver múltiplas inteligências e transcender o mundo da dualidade que teima, insiste em declarar, que arte não combina com prosperidade e abundância. Que arte é irmã da pobreza e da miséria. Da loucura e do egocentrismo. Das verdades absolutas e irrevogáveis.

Sinto eu, nos meus poucos anos de existência como caminhante do terreno fecundo e reflexivo da arte e de seus ensinamentos que ela por fim é parceira da fecundidade, da riqueza e da transformação. Transmutação da mente e, portanto, da realidade.

Pensar e produzir. Concretizar e manter a sua criação é o que traz os pares, que mesmo sendo poucos em relação a um universo gigantesco de escravizados pelo sistema político, estão por aí a procurar por nós ansiando por encontrar-nos e assim, através de nosso poder de comunicar poeticamente, oferecer às suas almas, um pouco de luz e de conhecimento transcendental, numa troca verdadeira e honesta de conhecimento além do lógico racional.

EVOÉ!
Sandra Santiago.